quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Desempenho de 2 anos da carteira e atualização do patrimônio de NOV/2019

Tabela com a rentabilidade de 2 anos de alguns fundos:



Estou satisfeito com o desempenho dos meus investimentos.
Comparando com a rentabilidade de 1 ano o rendimento em relação ao CDI aumentou de 176% para 208% sem que a volatilidade aumentasse de forma proporcional, resultando num aumento do índice de Sharpe de 0,80 para 1,13.

Eu tenho hoje investimentos no Kinea Chronos, mas o Kinea Atlas parece mais o meu perfil. O difícil é achar esse fundo aberto para fazer a migração.
Uma excelente surpresa foi o desempenho do fundo de previdência Petros, um ótimo retorno com uma volatilidade inacreditável, queria eu ter o conhecimento e a capacidade para atingir essa performance.

Acho 2 anos pouco para avaliar uma carteira com 6% de volatilidade, acredito que com 4 ou 5 anos eu consiga ter uma visão mais real da performance de longo prazo da carteira. É extremamente improvável que eu mantenha esse desempenho de 200% do CDI no longo prazo, acredito que 160% do CDI seja mais realista. 


Atualização do patrimônio de NOV/2019

Patrimônio = R$ 891’561,32
Aporte = R$ 7937,50 (0,89% patrimônio)
Rentabilidade = -2,44%
Inflação = 0,22%
CDI = 0,48%
Rentabilidade acumulada desde dez 2017 = 28,21%
Inflação acumulada = 7,51%
CDI livre de IR acumulado = 10,60%
CDI + Inflação = 18,10%

Duas coisas derrubaram minha carteira esse mês: o aumento da expectativa de juros futuros e a marcação a zero das debêntures da rodovia do Tietê. Com esse rolo das debêntures foram embora cerca de 4% do meu patrimônio. Talvez alguma parte desse dinheiro retorne via judicial, prefiro pensar que é o custo da aprendizagem. Ecoam em minha cabeça agora as palavras do Bastter: “Debêntures é um dos lugares que sardinha vai perder dinheiro se achando esperto.”






Boa caminhada rumo à IF confrades!

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

A eterna batalha entre o presente e o futuro e atualização do patrimônio de OUT/2019

Se eu te dissesse que existe uma habilidade que é a chave para se dar bem na vida.
Uma única habilidade que pode ser a diferença entre uma vida de privação e uma vida de abundância.
- Diz logo mendigo que habilidade é essa! - antes clique aqui para comprar meu curso que ensina essa habilidade – calma é brincadeira :))
A habilidade que tem um potencial praticamente ilimitado de trazer impacto na sua vida é a habilidade de adiar gratificação.

Essa habilidade consiste em fazer hoje alguma coisa que só vai te beneficiar no futuro. E ela funciona exatamente como os juros compostos, de forma exponencial. Pequenas concessões no presente levam a grandes recompensar no futuro.
O que é mais gostoso? Ficar assistindo episódios de uma série ou ler um livro que ensina programação aplicada a big data?
Qual traz o maior beneficio? O episódio da série talvez você nem lembre daqui a duas semanas, o livro pode mudar sua vida toda.

As decisões que tomamos na vida tem pouco valor por si só, o que tem valor é a disciplina de adiar a gratificação e fazer o necessário para implementar essa decisão.
Lembre-se das suas resoluções de ano novo: esse ano eu vou comer de forma mais saudável, sem a habilidade de implementar isso do que valeu essa resolução?

Então, agora que sei o segredo, a partir de amanhã, vou viver com uma disciplina espartana. Sabemos que não é assim que a banda toca. Nosso cérebro é uma entidade que busca acima de tudo rotina, uma zona de conforto. Você tem décadas de hábitos e rotinas que definem como sua vida é hoje, o que você precisa fazer é ir modificando seus hábitos de acordo com o que você quer ser no futuro. Se não for feito um mínimo de esforço para alcançar esse novo “eu”, as coisas tendem a ficar como estão. Na verdade tendem a ficar piores, pois o mundo avança de uma certa forma que ficar parado é ficar para trás.

Não há vitória completa, há apenas a contínua batalha. Sempre quereremos o imediato, o fácil, o confortável. Aí reside o dilema, o prazer inibe o progresso, então temos que buscar o equilíbrio.
Ter apenas prazer destrói o teu futuro, ter apenas progresso torna o presente insuportável.

Deixo de presente uma citação de Sêneca: “Qual é o limite adequado para a riqueza? É, primeiro, ter o que é necessário, e, segundo, ter o que é suficiente.

E um vídeo sobre o assunto:
 

Atualização do patrimônio de OUT/2019

Patrimônio = R$ 905’923,74
Aporte = R$ 13’553,90 (1,50% patrimônio)
Rentabilidade = 2,84%
Inflação = 0,13%
CDI = 0,46%
Rentabilidade acumulada desde dez 2017 = 31,42%
Inflação acumulada = 7,28%
CDI livre de IR acumulado = 10,19%
CDI + Inflação = 17,47%

Patrimônio passou a barreira dos 900k. Levei anos para juntar os primeiros 100k, quanto tempo vai levar para eu vencer esses 100k que me separam do meu primeiro milhão? Os últimos 100k vieram em 5 meses, não vou ser tão otimista, espero o milhão para daqui um ano.

O que muda atingindo essa mítica marca? Absolutamente nada.

Não vou cair no clichê de dizer que um milhão já não vale nada, é claro que é uma boa quantia, é mais da metade do caminho para mim. Ele só não é a mesma quantia que eu perseguia a 11 anos atrás quando comecei a poupar. Atualizado pelo IPCA você devera ter um pouco mais de 1,8kk para ter o mesmo poder de compra de um milhão 11 anos atrás.

Então não mudou a quantia que eu persigo a 11 anos. Comecei perseguindo o um milhão por ser um número redondo e bonito e hoje persigo o 1,8kk que me propiciaria a independência financeira com uma boa margem de segurança.



 
 
Boa caminhada rumo à IF confrades!

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Dom natural versus meritocracia e atualização do patrimônio de SET/2019

Existem dons intrínsecos ou tudo pode ser aprendido?
Acho um erro pensar que é uma coisa ou outra, quando ambas parecem estar certas.
Tudo pode ser aprendido e ao mesmo tempo há limites que são naturais a cada pessoa.

Um exemplo, qualquer pessoa pode treinar para correr os 100 m rasos, mas mesmo treinando com muito afinco e por muito tempo, apenas uma porcentagem muito pequena de pessoas poderia ser mais rápida que Usain Bolt.

O que o Bolt tem é mérito ou dom natural?
Onde reside essa vantagem? Numa constituição específica dos músculos? Numa capacidade pulmonar ímpar? Ou é tudo apenas esforço?
Vou chamar de talento a capacidade de fazer algo com maestria.

Talento parece surgir de uma espiral virtuosa. A pessoa tem um dom intrínseco, exercer essa atividade traz prazer, o que vai levar ela a se dedicar mais a isso e por consequência amplificar esse dom natural.

E onde entra o mérito nisso? Unicamente em transformar dons em talentos, pois é perfeitamente possível ignorar e desperdiçar os seus dons. Daí o porquê do autoconhecimento ser um dos melhores conhecimentos.

Estão erradas então tanto a esquerda quanto a direita. A esquerda por pregar que todos somos iguais, não somos. E a direita por pregar que tudo é mérito, não é.


Atualização do patrimônio de SET/2019

Patrimônio = R$ 867’380,50
Aporte = R$ 6’235,09 (0,72% patrimônio)
Rentabilidade = 2,37%
Inflação = -0,09%
CDI = 0,50%
Rentabilidade acumulada desde dez 2017 = 27,79%
Inflação acumulada = 7,15%
CDI livre de IR acumulado = 9,79%
CDI + Inflação = 16,94%






Boa caminhada rumo à IF confrades!

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Atualização do patrimônio de AGO/2019

Patrimônio = R$ 841’041,96
Aporte = R$ 4’847,90 (0,58% patrimônio)
Rentabilidade = -2,53%
Inflação = 0,22%
CDI = 0,57%
Rentabilidade acumulada desde dez 2017 = 24,83%
Inflação acumulada = 7,24%
CDI livre de IR acumulado = 9,37%
CDI + Inflação = 16,60%

Esse mês tive a maior queda no valor do patrimônio desde que eu faço o acompanhamento, tanto em reais quanto em porcentagem. Qual o motivo? Ganância.

Comprei debêntures rodovias do tietê e a empresa está com dificuldades de pagar os juros e amortizações. Comprei essas debêntures no mercado secundário quando pagavam uma taxa de 8,5% + IPCA livre de imposto de renda. Olha que taxa maravilhosa, cabe lembrar que quanto maior a possibilidade de ganho, maior o risco. Como as condições da empresa se deterioraram a corretora decidiu marcar a mercado o valor dessas debêntures para 45% do valor de face.
A empresa agora quer aplicar um golpe e pagar 0,1% + IPCA com alongamento da dívida de 2028 para 2039.

Debêntures não possuem garantia do FGC e essas possuem como garantia a possibilidade dos debenturistas virarem donos de 100% das ações da empresa.
O negócio é não se emocionar e continuar aportando e investindo de forma diversificada. De novo a diversificação mostra seu valor, estou exposto em 5% do meu patrimônio (2,5% depois da redução do valor de face), imagina se por apresentar uma taxa tão boa eu dou all-in ou coloco uma parcela mais significativa do patrimônio, agora choraria lágrimas de sangue.
Sempre sobra uma dorzinha por perder dinheiro, mas faz parte do jogo.







Boa caminhada rumo à IF confrades!

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Aposentadoria provisória forçada (vulgo desemprego). E atualização do patrimônio de JUN/2019

Um dos meus temores se concretizou, foi anunciada oficialmente a intenção de venda da filial em que eu trabalho. Observando casos similares do passado esse processo deve se encerrar em 2 anos.

Alguns cenários são possíveis:
- Transferência para outra filial. Acho improvável, várias filiais estão sendo vendidas e não há lugar para todos. Se me fosse ofertado isso acho que aceitaria, mesmo tendo que lidar com o desconforto de ir morar em outro lugar logo agora que eu comprei meu imóvel.
- Ser empregado pelo futuro comprador. É uma boa possibilidade, meu emprego é um cargo técnico bem especializado. A vantagem é que é de difícil substituição no curto prazo e a desvantagem é que é um tipo de conhecimento restrito e de difícil recolocação, calculo que no país todo devem ter apenas umas 6000 pessoas com a mesma especialização.
- Ser mandado embora. O futuro comprador pode ter comprado apenas para fechar essa filial, ai não tem o que fazer, é rua pra todo mundo.

Vou trabalhar com o pior cenário, desemprego em 2 anos, pois “Si vis pacem, para bellum” - “se quer paz, prepare-se para a guerra”

Qual a minha previsão de renda em dois anos?
O plano de previdência que eu tenho pode ser usado para gerar renda uma renda temporária no momento que eu for despedido. A previsão dessa renda é de R$ 2600 ao mês por 15 anos.
Outra fonte seria os rendimentos dos FII cuja previsão em 2 anos é de R$ 2100 ao mês.
R$ 4700 cobrem quase integralmente minha média de gastos do ano passado.

Meus gastos devem ser menores esse ano, uma vez que eu não pago mais aluguel e tenho ativamente adotado uma vida mais frugal com lazer mais simples e viagens mais simples.
O que falta é eu trocar o meu carro por um mais barato, o que deve ser feito até o final desse ano.

O cenário mais confortável seria obviamente continuar no emprego e sem precisar de mudança alguma minha previsão de IF seria entre 5 e 10 anos.

O pior cenário também não é desesperador, é nessas horas que o dinheiro mostra a sua principal utilidade: comprar paz de espírito. Caso eu tivesse optado por viver sem pensar no amanhã, com certeza estaria difícil dormir a noite.

 
Atualização do patrimônio de JUN/2019

Patrimônio = R$ 857’988,63
Aporte = R$ 12’615,10 (1,47% patrimônio)
Rentabilidade = 0,83%
Inflação = 0,19%
CDI = 0,54%
Rentabilidade acumulada desde dez 2017 = 28,06%
Inflação acumulada = 7,01%
CDI livre de IR acumulado = 8,89%
CDI + Inflação = 15,90% 

Nos últimos 12 meses meu patrimônio aumentou mais de 200k, bizarro, muito acima do esperado.







Boa caminhada rumo à IF confrades!

terça-feira, 2 de julho de 2019

Como se aposentar com juros negativos. E atualização do patrimônio de JUN/2019

Lendo o artigo: É bizarro, mas faz sentido: na Europa, investidores estão pagando para emprestar dinheiro ao governo https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=3028

Vemos que está acontecendo uma situação econômica nova que desafia a lógica. Um dos pilares de investir é o pagamento de juros. E faz todo sentido, imagine que você emprestou R$ 1000 para o governo brasileiro nas taxas de hoje, daqui a 10 anos você receberá R$ 1370 já descontada a inflação e os impostos. Um aumento de 37% no seu poder de compra por adiar em 10 anos o uso do dinheiro.

Nesse cenário acredito ser possível viver de renda. Apenas o balanceamento da carteira deve ser diferente do atual. Hoje tenho 60% em renda fixa e caso esse tipo de cenário aconteça no Brasil é provável que a alocação ideal esteja mais alinhada com uma carteira de aposentadoria americana com 20% de renda fixa, ou seja, ações e FII na cabeça.

 
Atualização do patrimônio de JUN/2019

Patrimônio = R$ 838’318,46
Aporte = R$ 6’748,07 (0,8% patrimônio)
Rentabilidade = 3,81%
Inflação = 0,19%
CDI = 0,54%
Rentabilidade acumulada desde dez 2017 = 27,01%
Inflação acumulada = 6,82%
CDI livre de IR acumulado = 8,42%
CDI + Inflação = 15,25%

Minha carteira se valorizou de maneira espetacular com a queda de juros. Tudo devido à marcação de preço do tesouro IPCA+ que é a maior concentração da carteira com 30% do patrimônio.
Uma pena que os juros estão baixos não porque o país corrigiu seus erros estruturais e sim porque a economia está morta.





Boa caminhada rumo à IF confrades!

sábado, 1 de junho de 2019

Atualização do patrimônio de MAI/2019

Patrimônio = R$ 800’799,69
Aporte = R$ 22’562,35 (2,82% patrimônio)
Rentabilidade = 2,52%
Inflação = 0,52%
CDI = 0,52%
Rentabilidade acumulada desde dez 2017 = 22,35%
Inflação acumulada = 6,63%
CDI livre de IR acumulado = 7,96%
CDI + Inflação = 14,60%






Boa caminhada rumo à IF confrades!

quarta-feira, 1 de maio de 2019

O Santo Graal. E atualização do patrimônio de ABR/2019

Uma relíquia muito procurada desde a antiguidade pela humanidade é o Santo Graal, o cálice utilizado por Jesus na última ceia. Tal relíquia possuiria poderes miraculosos e proporcionaria graças infinitas a seu possuidor. E nos investimentos há um Santo Graal?

Leia essa série de 4 artigos. Eles tem a possibilidade de mudar a sua forma de enxergar os investimentos:
https://www.trinusglobal.com/o-graal-dos-investimentos-parte-1/
https://www.trinusglobal.com/o-graal-dos-investimentos-parte-2/
https://www.trinusglobal.com/o-graal-dos-investimentos-parte-3/
https://www.trinusglobal.com/classes-de-ativos-triade-basica/

Eu e muitos outros investidores achamos que sim. O Santo Graal dos investimentos é um método de investir chamado alocação de ativos. Volto a repetir meu mantra “Não existe uma só coisa que seja o melhor investimento, o que existe é uma carteira corretamente diversificada, corretamente alocada e corretamente rebalanceada.”

Eu tenho um pouco mais de uma década de experiência no mercado financeiro e acho a área fascinante. Nada me deixa mais desanimado do que quando me perguntam qual é o melhor investimento, sendo que a pessoa já vem pensando em um investimento e só quer a minha confirmação para entrar de cabeça nesse que seria o melhor investimento da vez.

Em 2007 o investimento da vez foi a bolsa, em 2012 os imóveis, em 2017 o bitcoin, e agora em 2019 a bolsa novamente. Vou te dar a receita para ficar muito rico: compre ações em 2002, venda e compre imóveis em 2007, venda e compre bitcoins em 2012, venda e aproveite a vida. Qual a falha disso? É muito fácil olhando o passado e impossível olhando o futuro.

O que eu vejo na prática acontecendo: compra ações na euforia em 2007 e perde em 2008, chama a bolsa de cassino, e diz que agora é conservador e mantém o dinheiro na poupança por alguns anos.

Compra imóveis na planta na euforia em 2012 porque “quem compra terra nunca erra” e perde em distratos dois anos depois. Mais um tempo de poupança cuidando das feridas.

Compra bitcoin na euforia em 2017 porque é uma tecnologia inovadora e agora vai ser diferente e perde em 2018. Agora em 2019 quer entrar na bolsa novamente, diz que agora conhece o mercado (sem ter realmente estudado nada).

Claro que na prática nem a alocação de ativos é simples. Ela dá um norte, mas ainda é necessário muito estudo. Quais as melhores classes de ativos para diversificar? Dentro de uma classe de ativo como escolher? Qual a porcentagem ideal de alocação?

Eu hoje uso 60% renda fixa, 25% de renda variável de média volatilidade e 15% de renda variável de alta volatilidade.

O autor dos artigos que eu indiquei indica 1/3 em renda fixa, 1/3 em bolsa e 1/3 em dólar. Qual alocação teria sido vencedora em 2018? Vou simular usando meu patrimônio e aportes.



Como observado no gráfico eu teria obtido melhor resultado com essa alocação mais simples. Estaria Da Vinci certo quando afirmou que “A simplicidade é o último grau de sofisticação”?

Acredito que a carteira da tríade se saiu melhor por 2018 ter sido um ano que tanto bolsa quanto dólar se valorizaram e isso representa 67% da carteira, enquanto minha carteira é 60% renda fixa.

Um ano é pouco para chegar a uma conclusão, farei esse estudo novamente com 2 anos de resultados.
 

Atualização de patrimônio ABR/2019:

Patrimônio = R$ 758’518,82
Aporte = R$ 1832,67 (0,24% patrimônio)
Rentabilidade = 1,78%
Inflação = 0,76%
CDI = 0,47%
Rentabilidade acumulada desde dez 2017 = 19,34%
Inflação acumulada = 6,11%
CDI livre de IR acumulado = 7,52%
CDI + Inflação = 13,63%

Nesse mês notícia boa e notícia ruim. A boa é que cheguei a 3/4 do milhão e a ruim é que o clima está meio instável no trabalho. Estimo que uma IF ideal para mim seja com patrimônio de aproximadamente 1,8kk o que levaria ainda 8 anos para acumular. Isso deve ser objeto de futuras postagens.






Boa caminhada rumo à IF confrades!

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Alocação de FII, um exemplo prático. E atualização do patrimônio de MAR/2019

Eu tenho no momento 15 fundos de investimento imobiliário.
3 de papel: RBVO11, FEXC11, RNDP11
2 fundos de fundos: CXRI11, BPFF11
1 de desenvolvimento: MFII11
1 de educação: AEFI11
3 de escritórios: FAMB11B, BBFI11B, HGRE11
3 de logística: EURO11, GRLV11, FIIP11B
2 de varejo: MAXR11, RBRD11

Comecei a um ano e meio a comprar FII e até agora estava comprando sempre fundos novos para montar uma carteira diversificada. Agora que eu tenho uma carteira diversificada como eu decido em qual FII aportar?

As porcentagens na minha carteira são:
RBVO11: 1,53%
FEXC11: 0,73%
RNDP11: 0,60%
CXRI11: 0,60%
BPFF11: 0,74%
MFII11: 0,88%
AEFI11: 0,54%
FAMB11B: 0,68%
BBFI11B: 0,61%
HGRE11: 0,83%
EURO11: 0,60%
GRLV11: 0,60%
FIIP11B: 0,65%
MAXR11: 0,58%
RBRD11: 0,60%

Alguns diriam que é só aportar no que está com a porcentagem mais baixa e pronto. Que preço não importa no longo prazo. Eu até concordo com essa afirmação se a sua carteira de fundos for mais conservadora e tiver apenas fundos bons.

Não é o caso da minha, ela é mais arrojada. Mescla fundos bons com “apostas”, isto é, fundos com algum problema que eu acredito estarem sub-precificados.

Exemplos são:
MFII11 que a pouco sofreu intervenção da CVM e tem que ver se vai manter o DY alto.
AEFI11 que tem uma proposta de troca de terrenos do fundo.
FAMB11B e BBFI11B que vão perder inquilinos e as cotas despencaram.

Então além de considerar a porcentagem eu gosto também de fazem um valuation para decidir onde aportar. Como eu faço o valuation:

Como indicadores eu uso:
Juro pago pela NTNB com cupom semestral mais longa disponível
Preço do FII
Valor patrimonial
DY 12 meses

Para cada FII eu calculo:
P/VP = Preço / Valor patrimonial
PremioNTNB = DY12m / Juro pago pela NTNB
IndicePreço = (PremioNTNB ^ 1,5) / (P/VP)

Quanto maior esse IndicePreço mais “barato” eu considero o FII.

Como eu quero considerar tambem a porcentagem na carteira eu calculo mais um índice:
IndiceCompra = IndicePreço / %FII na carteira

Quanto maior o IndiceCompra, mais provável dele receber o aporte.
Fazendo os cálculos para os 15 FII, os IndiceCompra são:
RBVO11: 2,35
FEXC11: 3,88
RNDP11: 3,15
CXRI11: 4,14
BPFF11: 3,27
MFII11: 4,56
AEFI11: 4,94
FAMB11B: 19,3
BBFI11B: 10,4
HGRE11: 1,86
EURO11: 5,51
GRLV11: 5,36
FIIP11B: 3,76
MAXR11: 5,22
RBRD11: 4,26

Como eu tinha R$ 12200 eu escolhi aportar em 4 FII. Isso porque não há cobrança de corretagem, caso houvesse eu aportaria em apenas 1 ou 2 FII.

Assim os escolhidos foram:
FAMB11B: disparado o maior IndiceCompra
BBFI11B: IndiceCompra quase o dobro do 3º colocado
EURO11: 3º colocado
MAXR11: para não aportar em 2 de logística

Vamos ver como se comporta esse método de aporte. Caso ele leve a uma concentração muito grande dos FII apostas eu vou impedir isso criando alguma regra. Porque a carteira é pra ser arrojada e não suicida.

Atualização de patrimônio MAR/2019:

Patrimônio = R$ 743’451,29
Aporte = R$ 12’739,60 (1,71% patrimônio)
Rentabilidade = 0,68%
Inflação = 0,64%
CDI = 0,49%
Rentabilidade acumulada desde dez 2017 = 17,25%
Inflação acumulada = 5,34%
CDI livre de IR acumulado = 7,12%
CDI + Inflação = 12,47%






Boa caminhada rumo à IF confrades!

sexta-feira, 1 de março de 2019

Qual o melhor hedge em dolar para o IBOV? E atualização do patrimônio de FEV/2019

Vou considerar dois candidatos a comporem a porção da minha carteira de renda variável juntos com ações da bolsa brasileira: IVVB11 e ouro.

Hoje eu possuo IVVB11 tanto como uma forma barata de dolarizar parte da carteira, como para aplicar em ações americanas. Minha alocação está hoje em 60% IBOV e 40% IVVB11.
Para essa alocação não foi feito nenhum estudo, fui alocando e o objetivo era ter 50% de cada.

Mas essa é a melhor carteira considerando o histórico desses ativos?
Fiz um estudo considerando os últimos 15 anos (2004 a 2018):
Rendimento médio anual IBOV = 13,53% a.a - Pior queda -41,22%
Rendimento médio anual Ouro em reais (ouro+dólar) = 12,65% a.a - Pior queda -13,16%
Rendimento médio anual IVVB11 (S&P500+dólar) = 10,75% a.a - Pior queda -12,89%

Simulei algumas carteiras teóricas:
50%IBOV-50%IVVB11 = Rendimento 12,14% a.a - Pior queda -24,84%
25%IBOV-75%IVVB11 = Rendimento 11,45% a.a - Pior queda -16,65%
75%IBOV-25%IVVB11 = Rendimento 12,84% a.a - Pior queda -33,03%
50%IBOV-50%Ouro = Rendimento 13,09% a.a - Pior queda -14,20%
25%IBOV-75%Ouro = Rendimento 12,87% a.a - Pior queda -13,54%
75%IBOV-25%Ouro = Rendimento 13,31% a.a - Pior queda -22,01%
50%IBOV-25%IVVB11-25%Ouro = Rendimento 12,62% a.a - Pior queda -13,82%
25%IBOV-50%IVVB11-25%Ouro = Rendimento 11,92% a.a - Pior queda -5,63%
25%IBOV-25%IVVB11-50%Ouro = Rendimento 12,40% a.a - Pior queda 0,86%

Considerando os últimos 15 anos o ouro+dólar foi melhor hedge que o IVVB11, custou menos e protegeu mais.

Se você detesta quedas na sua carteira, a alocação 25%IBOV-25%IVVB11-50%Ouro não ficou negativa em nenhum ano, mas você teve seu rendimento reduzido em 1,13% a.a.

Escolhi como a alocação ideal para mim:
70%IBOV-10%IVVB11-20%Ouro = Rendimento 13,08% a.a - Pior queda -22,58%

Ela é pior que a alocação 75%IBOV-25%Ouro, mas isso é olhando o passado, o futuro ninguém sabe. Assim optei por manter ao menos 10% de IVVB11.

Simulei também fazer balanceamentos anuais na carteira 70%IBOV-10%IVVB11-20%Ouro:
Carteira com balanceamento apenas por aporte (sem vendas) = 13,41% a.a
Fazendo esse balanceamento “soft” essa carteira rende mais do que qualquer uma das carteiras teóricas.
Carteira com balanceamento quando o ativo se desviava mais de 20% da meta + aporte = 14,12% a.a

Com essa estratégia eu consigo um rendimento superior a uma carteira de IBOV pura, que foi o investimento que na média rendeu mais.

Com essas duas técnicas passivas, alocação de investimentos e rebalanceamento da carteira. Você não precisa ficar tentando acertar o momento certo de comprar ou vender, acompanhando o mercado e as notícias diariamente ou se estressando quando a bolsa cai. As técnicas fazem você naturalmente comprar na baixa e vender na alta. Elas permitem você lucrar mais e ter menos volatilidade.

Isso elimina também as perguntas inúteis feitas por quem é novo no mercado: É hora de entrar na bolsa? Ou de sair da bolsa? A bolsa está cara ou barata?

Não existe hora certa para comprar algum ativo, o que existe é uma carteira com bons ativos, corretamente diversificada, corretamente alocada e corretamente balanceada.

Como eu já mostrei nesse post, ficar correndo atrás do que está rendendo mais é uma estratégia comprovadamente perdedora e destruidora de patrimônio.

Atualização de patrimônio FEV/2019:

Patrimônio = R$ 725697,58
Aporte = R$ 11873,68 (1,64% patrimônio)
Rentabilidade = 1,39%
Inflação = 0,55%
CDI = 0,54%
Rentabilidade acumulada desde dez 2017 = 16,46%
Inflação acumulada = 4,71%
CDI livre de IR acumulado = 6,70%
CDI + Inflação = 11,41%








Boa caminhada rumo à IF confrades!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Rendimento dos ativos na última década. E atualização do patrimônio de JAN/2019





Siglas:
IFIX: índice de FII
IMA-B: índice de títulos atrelados a inflação
IRF-M: índice de títulos pré-fixados
IBOV: índice ações brasileiras
S&P 500: índice de ações americanas

Observando essa tabela vemos que a média dos rendimentos médios dos ativos na última década ficou em 10,94%.

Hoje minha carteira está alocada assim:
IFIX: 10,91%
IMA-B: 40,85%
IRF-M: 7,96%
IBOV: 14,19%
Ouro: 0%
S&P 500: 5,64%
Dolar: 5,64%

Utilizando a porcentagem de alocação desses ativos hoje na minha carteira eu consigo ter o rendimento teórico dela na última década: 11,59%. É uma carteira que bate consistentemente a média do mercado.

Mas esses números mostram apenas uma foto do momento. Ao longo do tempo a estratégia de rebalanceamento da carteira com os aportes tende a, naturalmente, fazer você comprar na baixa dos ativos, o que melhora ainda mais o rendimento. Em 2018 a média do mercado foi 9,06% enquanto minha carteira rendeu 10,24%.

Enquanto a estratégia de rebalanceamento da carteira com os aportes se mostra vencedora, o que a maioria das pessoas faz é, no lugar de ter uma carteira diversificada, tentar acertar o que vai render mais. Vou chamar essa estratégia de gira-gira, que consiste em aplicar no que rendeu mais no ano passado.

Veja que essa estratégia é muito sedutora, quase todas as noticia de finanças implicitamente oferecem essa estratégia para você. São rankings dos melhores investimentos do ano, rankings de melhores fundos, noticia em massa quando um ativo se valoriza. Tudo para levar a um comportamento de manada.

Coloque na sua cabeça duas coisas:
- O jornalista quando escreve a matéria não tem interesse que você lucre, ele quer vender jornal.
- O gerente do banco e o assessor da corretora não tem interesse que você lucre, eles querem vender produtos financeiros que vão maximizar o lucro deles.

Então, aplicando o gira-gira nos últimos 10 anos qual o resultado?
Rendimento médio anual de 6,89%, muito abaixo da média do mercado.

É uma das coisas mais destrutivas que você pode fazer com seu patrimônio sem utilizar alavancagem e derivativos. Considerando o tamanho da minha carteira adotar o gira-gira poderia levar a perdas da ordem de meio milhão em 10 anos.


Atualização de patrimônio JAN/2019:

Patrimônio = R$ 703’879,52
Aporte = R$ 11’295,80 (1,60% patrimônio)
Rentabilidade = 2,73%
Inflação = 0,042%
CDI = 0,49%
Rentabilidade acumulada desde dez 2017 = 14,87%
Inflação acumulada = 4,15%
CDI livre de IR acumulado = 6,24%
CDI + Inflação = 10,40% 







Boa caminhada rumo à IF confrades!

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Balanço de ganhos e gastos de 2018. E atualização do patrimônio de DEZ/2018

Salário:
Recebido liquido R$ 135’213 no ano, um aumento de 10,54% em relação ao ano passado.
Bom, pelo menos subiu mais que a inflação que foi de 3,80% em 12 meses.
Salário mensal: R$ 11’268

Juros dos investimentos:
Recebido R$ 64’979 no ano, um aumento de 23,83% em relação ao ano passado.
Muito bom, os juros aumentaram mais do que o aumento do salário, é o efeito “bola de neve” começando a aparecer.
Juros mensais: R$ 5415

Aporte:
Aportado R$ 76’723 no ano, um aumento de 20,07% em relação ao ano passado.
Muito bom, aporte e tempo vencem tudo.
Aporte mensal: R$ 6393

Gastos:
Despesas de R$ 58’490 no ano, um aumento de 0,12% em relação ao ano passado.
Acho que o motivo dos meus gastos ficarem inalterados é que eu viajei menos esse ano.
Gastos mensais: R$ 4874

Ativos:
R$ 673’865. Aumento de 16,41% em relação ao ano passado.
Meus ativos me mantêm por 11 anos e 6 meses sem trabalhar.

Economizado 57% do meu salário. Um pouco acima da meta que é 50%.

Salário mensal = 11,9 salários-mínimos.
Salário mensal = 2,8 salários DIEESE.
Salário anual compra 4,8 carros do mais barato.
Juros cobriram 111% das despesas.

Salário por hora (contando tempo de deslocamento): R$ 57,88. Como eu me mudei para próximo do trabalho fazendo essa conta com a expectativa de horas de trabalho de 2019: R$ 68,60. Um ganho de mais de 18% na minha remuneração por hora apenas por me mudar.

Contando que eu gasto umas 8 horas por mês administrando minha carteira (preenchendo planilha, decidindo no que investir e estudando). Meu ganho por hora nos investimentos foi: R$ 676,86. Daí o nome de renda passiva. Você precisa investir relativamente poucas horas para ter um bom resultado.

Atualização de patrimônio DEZ/2018:

Patrimônio = R$ 673’864,89
Aporte = R$ 3263,26 (0,48% patrimônio)
Rentabilidade = 0,47%
Inflação = 0,0025%
CDI = 0,49%
Rentabilidade acumulada desde dez 2017 = 11,81%
Inflação acumulada = 4,11%
CDI livre de IR acumulado = 5,82%
CDI + Inflação = 9,93%






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