Um pouco sobre mim:
Nasci em uma família de classe média baixa, meus pais estudaram apenas o primário, acredito que era mais comum antigamente ter menos anos de estudo que agora. Na família éramos a parte pobre, haviam tios concursados e tios empresários, enquanto meus pais tinham empregos simples.
Eu me sentia como um familiar de segunda classe: nunca tinha brinquedos tão legais quanto os dos meus primos, nosso carro velho vivia quebrando, só ia para praia nas férias de favor, etc. Sim é um mimimi de classe média sofre eu sei, mas quando você é criança e não tem o entendimento de como o mundo funciona esse tipo de coisa te marca.
Eu sei que há país a fora pessoas que tiveram e ainda tem condições de vida muito piores, então sou grato a meus pais que me propiciaram duas coisas fundamentais: a mentalidade de que não importa onde você está, você tem que batalhar para melhorar e não ficar reclamando e se vitimizando, e uma ideia férrea de que a educação é muito importante. Lembro de um episódio: sempre fui um aluno abaixo da média e quando tinha uns 14 anos queria abandonar a escola para começar um trabalho de descarregar caminhões de carga numa empresa de logística, e começar a ganhar meu próprio dinheiro. Meus pais nem quiseram ouvir falar disso e me obrigaram a continuar estudando.
Em um determinado ponto da minha vida, durante a adolescência, eu mudei. Como se a insistência dos meus pais com a educação finalmente frutificou, eu tive um "despertar": comecei a ir melhor na escola, virei um rato de biblioteca e me interessei por diversos assuntos que não eram tratados na escola. Até encarei um curso técnico, coisa impensável olhando a maior parte do meus histórico escolar e finalmente cursei engenharia numa universidade pública (nem fiz vestibular para as particulares, pois meus pais não teriam condições de pagar). E hoje trabalho numa empresa de economia mista.
Sobre o objetivo desse blog:
Falar sobre dinheiro é bastante difícil, dinheiro assume um papel maior que o que deveria ter originalmente, que é um intermediário de trocas de produtos e serviços. Dinheiro assume um papel de mostrar o valor intrínseco de uma pessoa. Você é tratado de forma diferente dependendo de quanto dinheiro tem, ou melhor, de quanto dinheiro aparenta ter. Não vou entrar no mérito se isso é certo ou errado, apenas é assim. Ou seja, falar de dinheiro é um tabu.
Falar sobre dinheiro também traz outros problemas de ordem prática.
Problema de segurança: se as pessoas souberem que você tem dinheiro você se coloca em uma posição de risco, simples assim.
Problema do merecimento: por algum motivo louco as pessoas acham que merecem seu dinheiro mais do que você. Quando sabem que você poupa elas tendem a achar que a vida para você está "fácil", assim na cabeça delas você tem o "dever" de compartilhar sua abundância. Elas não conseguem enxergar a única forma de aumentar o patrimônio é o adiamento do consumo. Quando eu era mais inocente conversei sobre dinheiro com um colega de trabalho que ganhava muito mais que eu (mas vivia endividado), o que eu ganhei? Um pedido de empréstimo num valor pornográfico (sei lá, acho que na época o valor pedido equivalia a um ano do meu salário).
Problema do ressentimento: quando descobrem que você poupa, isso de alguma forma é um tapa na cara de quem vive endividado, então eles culpam você ao invés de culpar seus próprios hábitos. Há muita irracionalidade nesse assunto.
Problema da inutilidade: como a educação financeira é um artigo escasso. Quem poupa é uma minoria e quem investe é minoria da minoria, assim informações de qualidade nessa área são raríssimos. Felizmente a internet esta ai para ajudar.
Assim o objetivo é falar de poupança, investimentos e crescimento de patrimônio com pessoas que estão numa mesma sintonia.
No próximo post vou falar da situação dos meus investimentos hoje.
Nasci em uma família de classe média baixa, meus pais estudaram apenas o primário, acredito que era mais comum antigamente ter menos anos de estudo que agora. Na família éramos a parte pobre, haviam tios concursados e tios empresários, enquanto meus pais tinham empregos simples.
Eu me sentia como um familiar de segunda classe: nunca tinha brinquedos tão legais quanto os dos meus primos, nosso carro velho vivia quebrando, só ia para praia nas férias de favor, etc. Sim é um mimimi de classe média sofre eu sei, mas quando você é criança e não tem o entendimento de como o mundo funciona esse tipo de coisa te marca.
Eu sei que há país a fora pessoas que tiveram e ainda tem condições de vida muito piores, então sou grato a meus pais que me propiciaram duas coisas fundamentais: a mentalidade de que não importa onde você está, você tem que batalhar para melhorar e não ficar reclamando e se vitimizando, e uma ideia férrea de que a educação é muito importante. Lembro de um episódio: sempre fui um aluno abaixo da média e quando tinha uns 14 anos queria abandonar a escola para começar um trabalho de descarregar caminhões de carga numa empresa de logística, e começar a ganhar meu próprio dinheiro. Meus pais nem quiseram ouvir falar disso e me obrigaram a continuar estudando.
Em um determinado ponto da minha vida, durante a adolescência, eu mudei. Como se a insistência dos meus pais com a educação finalmente frutificou, eu tive um "despertar": comecei a ir melhor na escola, virei um rato de biblioteca e me interessei por diversos assuntos que não eram tratados na escola. Até encarei um curso técnico, coisa impensável olhando a maior parte do meus histórico escolar e finalmente cursei engenharia numa universidade pública (nem fiz vestibular para as particulares, pois meus pais não teriam condições de pagar). E hoje trabalho numa empresa de economia mista.
Sobre o objetivo desse blog:
Falar sobre dinheiro é bastante difícil, dinheiro assume um papel maior que o que deveria ter originalmente, que é um intermediário de trocas de produtos e serviços. Dinheiro assume um papel de mostrar o valor intrínseco de uma pessoa. Você é tratado de forma diferente dependendo de quanto dinheiro tem, ou melhor, de quanto dinheiro aparenta ter. Não vou entrar no mérito se isso é certo ou errado, apenas é assim. Ou seja, falar de dinheiro é um tabu.
Falar sobre dinheiro também traz outros problemas de ordem prática.
Problema de segurança: se as pessoas souberem que você tem dinheiro você se coloca em uma posição de risco, simples assim.
Problema do merecimento: por algum motivo louco as pessoas acham que merecem seu dinheiro mais do que você. Quando sabem que você poupa elas tendem a achar que a vida para você está "fácil", assim na cabeça delas você tem o "dever" de compartilhar sua abundância. Elas não conseguem enxergar a única forma de aumentar o patrimônio é o adiamento do consumo. Quando eu era mais inocente conversei sobre dinheiro com um colega de trabalho que ganhava muito mais que eu (mas vivia endividado), o que eu ganhei? Um pedido de empréstimo num valor pornográfico (sei lá, acho que na época o valor pedido equivalia a um ano do meu salário).
Problema do ressentimento: quando descobrem que você poupa, isso de alguma forma é um tapa na cara de quem vive endividado, então eles culpam você ao invés de culpar seus próprios hábitos. Há muita irracionalidade nesse assunto.
Problema da inutilidade: como a educação financeira é um artigo escasso. Quem poupa é uma minoria e quem investe é minoria da minoria, assim informações de qualidade nessa área são raríssimos. Felizmente a internet esta ai para ajudar.
Assim o objetivo é falar de poupança, investimentos e crescimento de patrimônio com pessoas que estão numa mesma sintonia.
No próximo post vou falar da situação dos meus investimentos hoje.
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