Depois de muita preguiça e acomodação finalmente me mexi para abrir conta numa corretora no exterior. Demorei para fazer isso, pois envolve um mundo de conhecimento novo, tanto a abertura da conta, quanto mandar dinheiro para fora, e também estudar no que investir lá fora.
Decidi não seguir pelo caminho tradicional que é investir nos Estados Unidos por conta de uma taxação escrota de 30% nos dividendos para investidores estrangeiros. Abri conta na Interactive Brokers que dá a possibilidade de investir em diversas bolsas do mundo e escolhi investir em ETFs de acumulação domiciliados na Irlanda. ETFs negociados na bolsa de Londres que não distribuem dividendos.
Para montar a carteira fora usei a The Callan Periodic Table of Investment Returns e vídeos do Otavio Paranhos. 
Como podemos perceber a classe mais rentável de investimento varia de ano para ano, assim o melhor remédio para isso não é ficar tentando acertar o que vai render mais e sim diversificar em várias classes de ativos.
Compilei os dados da tabela acima para achar o rendimento médio anual de cada classe de ativo nos últimos 15 anos. 
E com isso consegui esboçar uma carteira de investimento global:
40% IWDA (Ações mundo desenvolvido)
15% EIMI ( Ações mercados emergentes)
10% CSPX (S&P 500 - Large Caps)
10% WSML (Small Caps global)
10% IWQU (Fator qualidade)
5% IWMO (Fator momento)
5% AGGU (Renda fixa global grau de investimento)
5% WIAU (Renda fixa high yield)
Esse 8 ETFs investem juntos em 14366 ativos cobrando a bagatela de 0,23% ao ano de taxa de administração. E você escolhendo algumas dezenas de ações no mercado brasileiro (que é menos de 1% do mercado de capitais mundial) e achando que está diversificando. Ou pagando 2% mais 20% de taxa de performance para algum gestor brincar com seu dinheiro sem responsabilidade alguma.
O plano agora é enviar todos os aportes para fora e tentar ao máximo diminuir o risco Brasil.
Patrimônio de JAN/2021
Patrimônio = R$ 1’136’308,18
Aporte = R$ 18’140,04 (1,60% patrimônio)
Rentabilidade = 0,36%
Inflação = 1,57%
CDI = 0,16%
Rentabilidade acumulada desde dez 2017 = 37,19%
Inflação acumulada = 19,75%
CDI livre de IR acumulado = 13,40%
CDI + Inflação = 33,15%
Boa caminhada rumo à IF confrades!
Show de bola mindingo, achei que tinha tirado passaporte para viajar hahha.
ResponderExcluirUm dia eu chego lá! Acho totalmente válido investir no exterior.
Post muito interessante.
ResponderExcluirEstou passando pela fase de estudos sobre investimentos no exterior, já salvei para revisitar novamente.
Abraços,
PI
Mendigo, help-me please! Você ainda considera melhor abrir conta nessa corretora do que na Avenue? É muito complicado pra fazer isso? Pelo que entendi do que andei pesquisando, as pessoas utilizam a Avenue por conta da facilidade. Não compensa o custo/benefício? Você ainda acha interessante essa distribuição que fez da carteira? E os BDRs? Não seria mais fácil investir neles? Estou querendo alocar todo o valor que eu tenho já no exterior, então eu precisaria ter renda fixa também. Considerando que vou investir tudo o que tenho acumulado na poupança (conta do nubank) hoje nisso, qual percentual você acha que seria interessante nessa distribuição de ETFs renda variável e ETFs renda fixa? O recurso não fica preso nesses investimentos? Estou aprendendo agora, então não tenho muita visão de oportunidades que possam aparecer. Ah, e pra investir em bitcoins você usa qual corretora? Desculpe a quantidade de perguntas, desde já agradeço.
ResponderExcluirMendigo, help-me please! Você ainda considera melhor abrir conta nessa corretora do que na Avenue?
ResponderExcluirEu abri conta na Interactive Brokers especificamente para ter acesso ao mercado de ETF irlandeses, se você não faz questão disso pode abrir na Avenue sem problemas.
É muito complicado pra fazer isso? Pelo que entendi do que andei pesquisando, as pessoas utilizam a Avenue por conta da facilidade.
É razoavelmente complicado. Eles ficaram me pedindo documentos que são padrão lá fora, mas não existem no Brasil, demorei uns 2 meses resolvendo isso até aprovarem minha conta. A Avenue como é voltada para brasileiros com certeza é muito mais simples.
Não compensa o custo/benefício? Você ainda acha interessante essa distribuição que fez da carteira? E os BDRs? Não seria mais fácil investir neles?
Se eu tivesse comprado apenas um ETF o VT que investe em ações do mundo todo teria tido uma performance melhor do que a distribuição que eu fiz na carteira. Nem sempre mais complicação se traduz em mais resultado.
BDRs me parecem ótimos para quem esta iniciando, eu comecei a dolarizar minha carteira em 2017 comprando um único ETF aqui no Brasil mesmo o IVVB11.
Estou querendo alocar todo o valor que eu tenho já no exterior, então eu precisaria ter renda fixa também. Considerando que vou investir tudo o que tenho acumulado na poupança (conta do nubank) hoje nisso, qual percentual você acha que seria interessante nessa distribuição de ETFs renda variável e ETFs renda fixa?
Por favor vá com calma, eu sei que quando nosso horizonte se abre ficamos afobados e querendo abraçar o mundo. Em investimento é sempre melhor ir aos poucos, caminhar antes de correr. Comece com uma coisa mais simples, BDR por exemplo, e com um pequeno porcentual da carteira, caso você goste e a medida que se sinta mais a vontade pode ir aumentando essa exposição. Dolarizar todo o patrimônio eu não recomendaria para ninguém, exceto talvez para quem tem planos sólidos de morar no exterior. Em finanças não existe certo ou errado, o melhor investimento depende do seus objetivos, momento de vida, conhecimento e apetite de risco. Minha experiência diz que o melhor investimento que uma pessoa pode fazer é aquele que ela confia, pois em momentos de crise ela não vai vender no desespero algo em que ela confia.
O recurso não fica preso nesses investimentos?
ETFs tem liquidez.
Estou aprendendo agora, então não tenho muita visão de oportunidades que possam aparecer. Ah, e pra investir em bitcoins você usa qual corretora? Desculpe a quantidade de perguntas, desde já agradeço.
Para criptos estou usando a Binance.